terça-feira, 9 de fevereiro de 2010



Acesse o www.portaldoconselhotutelar.com.br e saiba os detalhes dos eventos e Capacitações com o Consultor, Luciano Betiate, neste primeiro semestre.

Agenda:

> Dia 21 de fevereiro em Ribeirão do Pinhal - PR

> Dia 26 de fevereiro RML de Londrina - PR

> Dia 16 de Março em Lagoa Real - BA

> Dias 18, 19 e 20 de março em Porto Seguro - BA

> Dia 16 de abril em Nanuque - MG

> Dias 28, 29 e 30 de abril em Buritis - RO

Que tal levar uma capacitação para sua cidade ou região?
Entre em contato conosco:
contrate@portaldoconselhotutelar.com.br

Grande abraço Equipe do portal http://www.portaldoconselhotutelar.com.br/

Fonte de Pesquisa: Portal do Conselho Tutelar

sábado, 23 de janeiro de 2010

Denúncia Absurda.


"Neste sábado, dia 16 de janeiro, recebi a indicação deste vídeo postado no YOUTube, trata-se de uma acusação gravíssima, feita pelo Senador Magno Malta, comentada neste vídeo pelo Deputado Alceni Gerra do DEM-PR.

50% dos Conselhos Tutelares estão ‘infiltrados’ por pedófilos.

No que está baseada esta afirmação?

Estou tentando contato com o Senador para esclarecer tal informação, enquanto isso convoco meus nobres pares, Conselheiros e EX-conselheiros Tutelares, a enviar mensagem ao Exmo. Senador Magno Malta manifestando nossa indignação."

Envie para:
magnomalta@senador.gov.br
Com cópia para:fale@portaldoconselhotutelar.com.br

Luciano Betiate
Consultor dos Direitos da
Criança e do Adolescente

Fonte de Pesquisa: http://www.portaldoconselhotutelar.com.br

O legado profético de Zilda Arns, artigo de Leonardo Boff

Fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, é uma das vítimas brasileiras do terremoto que atingiu, no dia 12/01/2010, Porto Príncipe, capital do Haiti Foto: Valter Campanato/Arquivo ABr

[EcoDebate] Já se fizeram todos os elogios devidos à médica brasileira, Zilda Arns, irmã do Cardeal dos direitos humanos, Paulo Evaristo Arns, que sucumbiu sob as ruínas do terremoto no Haiti. Talvez a opinião pública mundial não se tenha dado conta da importância desta mulher que, em 2006, foi apontada como candidata ao prêmio Nobel da Paz. E bem que o merecia, pois dedicou toda sua vida à saúde das pessoas mais vulneráveis. Por 25 anos coordenou a Pastoral da Criança acompanhando mais um milhão e 800 mil menores de cinco anos e mais de um milhão e 400 famílias pobres. A partir de 2004, iniciou a Pastoral da Pessoa Idosa com mais de cem mil idosos envolvidos. Com meios simples, como o soro caseiro, o alimento à base da multimistura e outros recursos mínimos, salvou milhares de crianças que antes fatalmente morriam.

Seria longo historiar seu extraordinário trabalho difundido já em mais de 20 países pobres do mundo. O que pretendo é enfatizar os valores do capital espiritual que sustentaram a sua prática. Nisso ela ia contra o sistema dominante e serve de inspiração para hoje.

É convicção crescente que não sairemos da crise de civilização atual se continuarmos com os mesmos hábitos e os mesmos valores consumistas e individualistas que temos. Ela mostrou como pode ser diferente e melhor.

A Dr. Zilda honrou o cristianismo, vivendo uma mística de amor à humanidade sofredora, de esperança de que sempre se pode fazer alguma coisa para salvar vidas, de fé na força dos fracos que se organizam e na escuta de todos até das crianças que ainda não falam.

Ela tinha clara consciência de que a solução vem de baixo, da sociedade que se mobiliza, sem com isso dispensar o que o Estado deve fazer. Problemas sociais se resolvem a partir da sociedade. Para isso, ela suscitou a sensibilidade humanitária que se esconde em cada pessoa e inaugurou a política da boa vontade. Mais de 250 mil voluntários, sem nenhum ônus financeiro, se propuseram assumir os trabalhos junto com ela.

Uma idéia-geradora movia sua ação, copiada da prática de Jesus: multiplicar. Não apenas pães e peixes como Ele fez, mas, nas condições de hoje, multiplicar o saber, a solidariedade e os esforços.

Multiplicar o saber implica repassar às pessoas simples os rudimentos de higiene, o cuidado pela água, a medição do peso e a alimentação adequada às crianças. Esse saber reforça a auto-estima das pessoas e confere autonomia à sociedade civil.

Multiplicar a solidariedade que, para ser universal, deve partir dos últimos, buscando atingir as pessoas que vivem nos rincões onde ninguém vai, tentar salvar a criança mais desnutrida e quase agonizante. Essa solidariedade é a que menos existe no mundo atual.

Multiplicar esforços, envolvendo as políticas públicas, as ONGs, os grupos de base, as empresas em sua responsabilidade social, enfim, todos os que colocam a vida e o amor acima do lucro e da vantagem. Mas antes de tudo multiplicar a boa-vontade generosa.

Ora, são estes conteúdos do capital espiritual que devem estar na base da nova sociedade mundial que importa gestar. O século XXI será o século do cuidado pela vida e pela Terra ou será o século de nossa auto-destruição. Até agora globalizamos a economia e as comunicações. Temos que globalizar a consciência planetária e multiplicar o saber útil à vida, a solidariedade universal, os esforços que visam construir aquilo que ainda não foi ensaiado. Amor e solidariedade não entram nas estatísticas nem nos cálculos econômicos. Mas são eles que mais buscamos e que nos podem salvar.

A médica Zilda Arns, seguramente sem o saber, mas profeticamente, nos mostrou em miniatura que esse mundo não é só possível, mas é realizável já agora.

Leonardo Boff é teólogo.

Colaboração do Frei Gilvander Moreira para o EcoDebate, 23/01/2010

Fonte de Pesquisa:http://www.ecodebate.com.br

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