Uma manifestação contra a
redução da maioridade penal, realizada na tarde de sexta-feira (12), no Largo
da Dinha, bairro do Rio Vermelho, em Salvador, reuniu, segundo os
organizadores, cerca de 300 pessoas. O presidente da Comissão de Direitos
Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado
estadual Marcelino Galo (PT), rechaçou, durante o evento, a Proposta de Emenda
Constitucional 171/93 que prevê a redução da idade penal de 18 para 16 anos. A
atividade, contou com a participação de ativistas dos Direitos Humanos,
entidades de defesa dos direitos da juventude, estudantes, representantes da
Frente Estadual Contra a Redução da Maioridade Penal, movimentos sociais,
políticos e partidos contrários a proposta. A ACTEBA se fez presente neste ato,
estando representada pela Conselheira Fiscal, Márcia Santos.
ESTATÍSTICA - Segundo a
Organização Mundial de Saúde, o Brasil ocupa a 4° posição entre 92 países do
mundo em relação aos homicídios de crianças e adolescentes. No país, entre 1981
e 2010, mais de 176 mil jovens foram mortos sendo que 8.686 apenas em 2010.
Dados divulgados recentemente
pela Secretaria Nacional de Juventude, através do “Mapa do Encarceramento:
os jovens no Brasil”, apontam que os detentos nos presídios
brasileiros, em sua maioria, são jovens (54,8%) com idade entre 18 e 24 anos.
De acordo com o Sistema Integrado de Informação Penitenciária (InfoPen), a
maioria é negros, semianalfabetos e com poucas condições de reabilitação. O
país ocupa a terceira posição no mundo em número de detentos, só perdendo para
China e Estados Unidos.
A análise da Proposta
de Emenda Constitucional (PEC) foi adiada para a próxima semana na
comissão especial que discute o tema depois de uma confusão generalizada na
quarta-feira (10). Para passar a valer, a PEC tem de ser aprovada em dois
turnos no plenário. Depois, segue para o Senado, onde também precisa seguir
trâmite parecido. Uma vez aprovada, a proposta pode ser promulgada, sem
necessidade de ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff.
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